Tateia o tempo
nestas paredes novas.
Tenta inventar uma tarde.
Uma tarde perfeita,
uma tarde
como nunca houve
como nunca haverá de novo.
O tempo tenta os seus ritos de passagem.
Gasta os seus fogos.
Desgasta a pedra dos seus dias.
Prepara a pura
matemática dos cristais.
O tempo traz
uma tarde geométrica
uma tarde simétrica.
O tempo traz
o triste susto desta tarde.
(H. Dobal)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
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