terça-feira, 27 de novembro de 2007

Sexta - feira



Enfim chegou a tão esperada sexta-feira. Nem ela sabia porque a sexta, mas era nesse dia que suas esperanças renovavam.

O despertador de Clarisse tocava uma hora e meia mais cedo às sextas, tempo suficiente para sua gestação. Imaginava como seria a sua sexta-feira, fazia planos... sonhava... sonhava.

Então o dia ia passando e Clarisse ia percebendo que o que acontecia não era como tinha planejado... não era suficiente! Nada era como ela queria que fosse. E se sentia mal.

À noite, deitada, ela lembrava do dia que poderia ter sido e não foi. E culpa alguém que não está ali.

Mais uma sexta-feira - como todas as outras - passou.
Por mais uma semana Clarisse está morta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Clarice é muito parecida com uma menininha que eu conheço...
Apesar de dias tão iguais, é bom que Clarisse não esqueça: "É preciso acreditar no novo dia, na nossa grande geração perdida, nos meninos e meninas..."
=*bjones